Carta da Gestão – Agosto/2023

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No dia 5 de agosto, celebramos o quarto aniversário do Avantgarde Multifatores FIA, o flagship da casa. Ao longo desse período, enfrentamos momentos de entusiasmo e de considerável aversão ao risco. Mesmo diante de tamanha turbulência, os resultados conquistados pelo fundo são incontestáveis: registramos um retorno que ultrapassa quatro vezes o do benchmark, com um risco quase 25% menor. Esses resultados são expressivos e refletem um processo de investimento cauteloso, combinado com uma gestão de riscos rigorosa.

Quatro Anos de Avantgarde Multifatores FIA: Um Legado de Sucesso”

Assim sendo, em comemoração a esta significativa data, optamos por realizar uma retrospectiva da trajetória do fundo e de seu desempenho durante esse período. Podemos considerar o início dessa empreitada em 2013, quando Luciano França e Mário Avelar se reuniram para um almoço. Nesse encontro, compartilharam a visão de democratizar o mercado de opções ilíquidas, até então monopolizado por grandes instituições bancárias. A designação “Avantgarde”, inclusive, representa exatamente a essência de seus objetivos: serem vanguardistas e inovadores.

Da Visão Vanguardista à Inovação em Investimentos

Com esse intuito em mente, a Avantgarde deu seus primeiros passos focando em operações estruturadas envolvendo opções. No entanto, a busca contínua por eficiência conduziu a equipe a um evento, onde foram apresentados à metodologia de factor investing. Esse momento representou um marco na trajetória da gestora, servindo como a semente da estrutura que hoje a define.

Refinando Estratégias: Gestão de Riscos e Factor Investing

Após um aprofundamento de seis anos nessa abordagem, optou-se por adotar um modelo multifatorial que abrange cinco categorias de fatores: valor, momento, qualidade, carrego e baixa volatilidade. Cada um desses fatores é minuciosamente investigado, e a decisão final de incorporá-lo ou não ao restante do portfólio é tomada considerando tanto a intuição econômica subjacente à estratégia quanto as evidências fornecidas pelos backtests. Além disso, a forma como o modelo interage com as demais estratégias é criteriosamente avaliada, visando garantir que o portfólio final alcance uma relação ótima de risco e retorno.

Outro pilar crucial em nosso processo de investimento abrange a gestão de riscos. Com esse propósito em mente, incorporamos limites de concentração por ativo e setor, além de estabelecer níveis predefinidos de exposição ao risco de mercado, os quais são minuciosamente parametrizados. A abordagem na gestão de riscos é tão sistemática quanto o processo de seleção de ativos, assegurando que o backtest seja uma representação precisa da realidade. Dessa maneira, ele proporciona uma visão nítida do perfil de risco e do comportamento da estratégia, antes que ela seja efetivamente implementada.

Conclusão

Afirmamos com convicção que o Brasil ainda tem um percurso considerável a trilhar para plenamente compreender o potencial do factor investing. Contudo, a crescente receptividade em relação a modelos alternativos de gestão e a validação consistente da tese defendida pela Avantgarde ao longo dos anos coloca a empresa em uma posição ímpar para liderar essa transformação.

Na atualidade, o nome “Avantgarde” já se destaca no panorama de investimentos do Brasil. Isso porque a gestora não só sobreviveu, mas prosperou, conquistando um lugar no seleto grupo dos 10% melhores fundos da indústria. Essa jornada é marcada por tomadas de risco calculadas, um aprendizado incessante, uma busca incansável por inovação e um profundo senso de responsabilidade em relação ao capital de cada cotista